A profissão médica tem como caráter ético a prática da virtude da excelência. Desde Hipócrates existem duas éticas: a filotecnia e a filantropia. A primeira se refere à ética da técnica e a segunda, à ética humanista. Hodiernamente, a excelência resulta do treinamento e da formação intelectual adquiridos durante o processo educacional formal e cuja finalidade é atender a uma demanda social, sendo úteis e trazendo satisfação para quem dela se serve. As tecnologias modernas só se justificam se estiverem condicionadas a uma efetiva melhoria da qualidade de vida e de saúde do ser humano; senão, representam uma forma de dominação e usurpação da cultura médica pela máquina ou, ainda, a submissão do paciente à ideologia do cientificismo ou à lógica de mercado, que contribuem para a obtenção de lucros injustificáveis pela indústria da saúde e negligenciam a avaliação prudente da relação entre o custo, os riscos e os possíveis benefícios a serem auferidos pelo paciente.
Palavras-chave:
ética, qualidade em saúde, tecnologia e excelência em salud
Biografia do Autor
José Geraldo De Freitas Drumond, Universidad Estatal de Montes Claros
Profesor Titular de Bioética y Ética Médica de la Universidad Estatal de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. E-mail: jdrugon@uol.com.br
De Freitas Drumond, J. G. (2010). Ética e qualidade em saúde: filotecnia versus filantropia. Acta Bioethica, 16(2). Recuperado de https://revistapolitica.uchile.cl/index.php/AB/article/view/15612